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UMBANDA
UMBANDA

A UMBANDA

 

 

"um (Deus), ban (conjunto), da (lei).

 

 

Existem inúmeros conceitos e histórias acerca do surgimento da Umbanda, possuindo cada um deles seu fundamento religioso.

Preferimos dizer que a Umbanda é uma religião milenar e brasileira em suas origens. O termo Umbanda nunca existiu em outro lugar fora do Brasil. A palavra Umbanda é derivada da palavra AUM-BHAN-DAN que significa o Conjunto das Leis Divinas.

Era considerada a Religião-primária, composta pelos quatro pilares do conhecimento humano (Arte, Filosofia, Ciência e Religião). Era, na época, a única Religião-Ciência da humanidade. Ao fragmentar-se, daria origem às religiões, filosofias, ciências e artes de todos os tempos. É por isso que muitos dizem que a Umbanda é uma mistura de religiões. Na verdade, de acordo com os conceitos esotéricos das escolas iniciáticas, todas as outras religiões teriam surgido, ao longo dos milênios, a partir da fragmentação do Aumbandan, que ocorreu em plena Atlântida. Portanto, tanto na Lemúria quanto na Atlântida, o Aumbandan era o Conhecimento-uno, transmitido a todos pela pura raça vermelha, a primeira raça a habitar o planeta Terra.

A palavra, no Antigo Egito, era sinônimo de criação.

A tradição nos leva a crer que o Movimento Umbandista teve a sua idealização há cerca de 500 anos no Plano Astral, já na época do descobrimento do Brasil. Vários espíritos, então, foram convocados para já na espiritualidade organizar o movimento que iria emergir no solo brasileiro, local escolhido para esse ‘re’surgimento.

A partir daí era esperar o momento certo para a UMBANDA renascer.

Em 1898, após a abolição da escravatura, uma entidade chamada Caboclo Curugussú preparava o ambiente Astral do Brasil para a reimplantação do AUMBHANDAN. Este, todas as vezes que incorporava, dizia ter vindo trazer a Umbanda. Isso começou a acontecer tanto em São Paulo quanto no Rio de Janeiro. Além de dizer que vinha trazer a Umbanda, ele dizia ser emissário da pura raça vermelha, ou seja, os caboclos missionários que coordenam o movimento umbandista atual, dos planos superiores, não são os índios que Cabral encontrou ao chegar no Brasil, muito menos os atuais remanescentes das tribos indígenas brasileiras, mas espíritos muito evoluídos da antiga raça vermelha, que habitou a terra do Cruzeiro do Sul há milênios.

Em 15 de novembro de 1908, um rapaz de 17 anos, chamado Zélio Fernandino de Moraes, natural de Niterói RJ, incorporou um espírito, chamado Caboclo das 7 Encruzilhadas, o qual declarou fundado o primeiro Templo de Umbanda. Era o renascimento da Umbanda.

Zélio se dedicou de corpo e alma a desenvolver o trabalho orientado pelo Caboclo das 7 Encruzilhadas, tendo por auxiliares o Caboclo Orixá Malé e Pai Antonio. Estava assim fundada a Umbanda no Brasil.

Depois de ditadas as bases do culto, o caboclo passou à parte prática dos trabalhos, curando enfermos. Por outro lado, manifestou-se um preto-velho, Pai Antônio, que vinha completar as curas. E também, o Caboclo Orixá Malé, entidade com grande experiência no desmanche de trabalhos de baixa magia. A prática da caridade, no sentido do amor fraterno, seria a característica desse culto, que teria por base o Evangelho de Cristo e, como mestre supremo, Jesus.

Sr.José: Quem é você que ocupa o corpo deste jovem?

Caboclo 7 Encruzilhadas: Eu? Eu sou apenas um caboclo brasileiro.

Sr.José: E qual é seu nome?

Caboclo 7 Encruzilhadas: Se é preciso que eu tenha um nome, digam que eu sou o CABOCLO DAS SETE ENCRUZILHADAS, pois para mim não existirão caminhos fechados. Venho trazer a Umbanda uma religião que harmonizará as famílias e que há de perdurar até o final dos séculos.

Deus, em sua infinita bondade, estabeleceu na morte, o grande nivelador universal, rico ou pobre poderoso ou humilde, todos tornam-se iguais na morte, mas vocês homens preconceituosos, não contentes em estabelecer diferenças entre os vivos, procuram levar estas mesmas diferenças até mesmo além da barreira da morte. Por que não podem nos visitar estes humildes trabalhadores do espaço, se apesar de não haverem sido pessoas importantes na Terra , também trazem importantes mensagens do além? Porque o não aos caboclos e preto-velhos? Acaso não foram eles também filhos do mesmo Deus?...Amanhã, na casa onde meu aparelho mora, haverá uma mesa posta a toda e qualquer entidade que queira ou precise se manifestar, independente daquilo que haja sido em vida, todos serão ouvidos, nós aprenderemos com aqueles espíritos que souberem mais e ensinaremos com aqueles que souberem menos e a nenhum viraremos as costas a nenhum diremos não, pois esta é a vontade do Pai.

 “Vim para fundar a Umbanda no Brasil, aqui inicia-se um novo culto em que os espíritos de pretos velhos africanos e os índios nativos de nossa terra, poderão trabalhar em benefícios dos seus irmãos encarnados, qualquer que seja a cor , raça, credo ou posição social. A pratica da caridade no sentido do amor fraterno, será a característica principal deste culto”

Após trabalhar fazendo previsões, passe e doutrina informou que devia se retirar pois outra entidade precisava se manifestar. Após a “subida” do Caboclo incorporou uma entidade reconhecida como “preto-velho”, saindo da mesa se dirigiu a um canto da sala onde permaneceu agachado. Sendo questionado o porque de não ficar na mesa respondeu: “_ Nego num senta não meu sinhô, nego fica aqui mesmo. Isso é coisa de sinhô branco e nego deve arespeitá”, após insistência ainda completou “_ Num carece preocupa não. Nego fica no toco que é lugar de nego” e assim continuou dizendo outras coisas mostrando a simplicidade, humildade e mansidão daquele que trazendo o estereótipo do preto-velho se fez identificar como Pai Antônio. Logo cativou a todos com seu jeito, ainda lhe perguntaram se ele não aceitava nenhum agrado, ao que respondeu: “_ Minha caximba, nego qué o pito que deixou no toco. Manda mureque busca”. Todos ficaram perplexos, estavam presenciando a solicitação do primeiro elemento material de trabalho dentro da Umbanda. Na semana seguinte todos trouxeram cachimbos que sobraram diante da necessidade de apenas um para Pai Antônio. Assim o cachimbo foi instituído na linha de preto-velhos, sendo também ele a primeira entidade a pedir uma guia (colar) de trabalho.”

O Caboclo das 7 Encruzilhadas, recebe ordens do Astral Superior para fundar sete tendas para a propagação da Umbanda. Através de Zélio de Moraes, fundou a Tenda Nossa Senhora da Piedade, que foi raiz para outros sete principais núcleos: Tenda Espírita Nossa Senhora da Guia, Tenda Espírita Nossa Senhora da Conceição, Tenda Espírita Santa Bárbara, Tenda Espírita São Pedro, Tenda Espírita Oxalá, Tenda Espírita São Jorge, Tenda Espírita São Jerônimo. A respeito do uso do termo espírita e de nomes de santos católicos nas tendas fundadas, sua causa deriva do fato de naquela época não se poder registrar o nome Umbanda, e quanto aos nomes de santos, era uma maneira de estabelecer um ponto de referência para fiéis da religião católica que procuravam os préstimos da Umbanda.

 Desse conjunto de leis divinas AUM-BHAN-DAN derivam os 10 princípios básicos, primordiais, que regem a Umbanda:

1-  Crença em um Deus único, onipotente, eterno, incriado, potência geradora de todo o Universo material e espiritual, adorado sob vários nomes.

2-  Crença em entidades superiores: Orixás, anjos e santos que chefiam falanges.

3- Crença em guias, em planos médios, mensageiros dos Orixás, anjos e santos.

4- Existência da alma e sua sobrevivência após a morte.

5- Prática da caridade desinteressada, na busca de aliviar o carma do médium.

6- Lei do Livre-Arbítrio (da livre escolha), pela qual cada um escolhe fazer o bem ou o mal, e o ser humano afiniza com sua faixa vibratória e a do ambiente que o cerca.

7- O ser humano é a síntese do Universo.

8- Crença na existência de vida inteligente em todo o Universo, vivendo e habitando.

9- Crença na reencarnação, na lei cármica de causa e efeito.

10- Direito de liberdade de todos os seres.

Dessas Leis evidencia-se a crença em um Deus único e a caridade desinteressada, nos moldes das máximas cristãs de amar a Deus acima de todas as coisas e ao próximo como a si mesmo.

A representação de Deus faz-se na figura de Zambi (banto), ou para outros, Orunmilá (a incorporação do conhecimento e sabedoria e a forma mais alta da prática de adivinhação entre os Yorubas, Ifá), Olodumare ou Olorum (na mitologia iorubá).

A Umbanda baseia seus princípios no ensinamento de que o espírito atravessa o tempo em diversas encarnações, sujeita-se à lei do carma e, através dos médiuns - aparelhos dos quais se utilizam as entidades e guias da umbanda para trazerem a mensagem dos planos superiores - desenvolve o trabalho de ajuda espiritual do qual a pessoa necessita, fortalecendo-a com palavras de incentivo e fé, para que esta consiga solucionar os problemas que esteja atravessando naquele momento, ou superando os obstáculos que apareçam em seu caminho.

A Umbanda traz em sua liturgia diversos rituais, realizados pelas entidades chefes do congá, como o casamento, o batismo, a confirmação, o amaci, a coroação e o ritual fúnebre.

No amaci  o médium já desenvolvido, ou seja, que já incorpora com seus guias de trabalho na Umbanda, lava a cabeça com um preparado de ervas e outros elementos que colocados sobre a cabeça do médium faz com que sua entidade confirme seus fundamentos, seu nome, o trabalho que veio desenvolver e, principalmente, o Orixá ao qual está ligado
a cabeça (Ori) daquele médium.

Já o batismo para a Umbanda tem importância primordial, uma vez que é visto como uma forma de apresentação, de consagração à Deus do espírito encarnante na matéria que está habitando na vida presente. O ato, portanto, ainda que realizado na Igreja Católica, reveste-se de alta magia que influi durante toda a encarnação da criança batizada. Usa-se o termo de remissão do pecado original abrangendo os erros cometidos por aquele espírito em encarnações pretéritas, sendo que com o ritual do batismo reforça-se a ligação daquele ser encarnado com o Pai Divino, já que se firma o guia de luz, ou Anjo da Guarda, que irá acompanhar aquela criança por toda a sua vida.

Além do batismo da criança na Umbanda, pode-se também realizar o batismo do médium que decide abraçar a religião umbandista, aceitando-a como  condutora de sua vida espiritual, na qual será pautada dali em diante sua vida religiosa, passando esse a seguir as obrigações, iniciações, preceitos e rituais da Umbanda. Não tem o batismo um caráter irreversível, mas no momento em que é realizado, o médium reforça sua ligação com seus Orixás, guias e entidades, assumindo um compromisso de trabalho e evolução dentro da religião a qual se consagra.


FONTE:

Autor: Lara Lannes

 

Equipe Genuína Umbanda

 

www.genuinaumbanda.com.br

 

7 Orixás da Umbanda

Salve Oxalá, Ogum, Iemanjá, Oxum, Xangô, Iansã e Oxossi!

Uma das mais impressionantes marcas do estudo da Umbanda é a influência que os  Orixás  exercem em seus filhos. Ou seja, aqueles que nasceram sob o manto da vibração do  Orixá, o que não se pode saber por data de nascimento, mas por rituais próprios da religião.

Falaremos das descrições dos Orixás, não se preocupando com lendas. Apesar de cada região cultuar diferentes Orixás e sincretizar com determinados Santos Católicos descreveremos os que cultuamos em nosso Terreiro, as suas datas de comemoração e os arquétipos dos seus filhos. Isto não quer dizer que os outros terreiros estejam fazendo seus cultos erroneamente.

Também divulgamos algumas ervas que podem ser usadas para os banhos de cada um e tambem seus respectivos amalás (entregas).

 

Oxalá Orixá maior

Não é líder mas não se submete facilmente a liderança dos outros, ou seja, não manda mas não gosta de ser mandado.

Os filhos de Oxalá são pessoas normalmente tranquilas, de andar sereno, são pacientes e amáveis apesar de serem teimosos e passiveis de se envolverem em dificuldades financeiras e familiares, o que pode ser evitado se ficarem atentos a esses problemas e lutarem contra eles.

Através de seu gênio calmo, atinge seus objetivos de forma natural. Seu maior defeito é a teimosia. Não se preocupa em impor suas idéias, mas não cede em seu ponto de vista. Mesmo que não concorde evita discussão. A sua principal característica e a impecável organização no dia a dia, principalmente em escritórios e documentos. Ele é insuperável na escrita organizada, como atas, registros, anotações, arquivos e contabilidade.

Não é líder mas não se submete facilmente a liderança dos outros, ou seja, não manda mas  não gosta de ser mandado.

Não é agressivo e quando é agredido prefere demonstrar superioridade.

Tem uma tendência muito forte para a solidão. No isolamento busca o encontro com a harmonia universal.

Para que o filho de Oxalá tenha uma vida melhor, deve procurar despertar em seu interior a alegria pelas coisas que o cerca e tentar ceder à sua natural teimosia.

Oxalá é o único Orixá que não atua diretamente em elementos do planeta, fazendo isso por intermédio dos outros Orixás.

COR: Branca

AMALÁ: 14 velas brancas, água mineral, canjica branca dentro de alguidar de louça branca, fitas e flores brancas. O local de entrega deve ser muito bonito e cheio de paz, como uma colina limpa, ou junto de uma entrega para Iemanjá, na praia.

ERVAS: Poejo, Camomila, Chapéu de Couro, Erva de Bicho, Cravo, Coentro, Gerânio Branco, Arruda, Erva Cidreira, Erva de S.João, Alecrim do Mato, Hortelã-Alevante, Erva de Oxalá(Boldo), Folhas de Girassol, Folhas de Bambu

 

Ogum Orixá da guerra, da demanda, da luta

Os filhos de Ogum perseguem tenazmente um objetivo: quando o atinge, imediatamente o larga e parte em procura de outro.

Ogum é o Orixá da guerra, da demanda e da luta. Seus filhos são influenciados com todos esses característicos. Seu tipo é esguio e procura sempre estar bem fisicamente, por isso gosta de praticar o esporte. É agitado, impaciente e afoito. Tem decisões precipitadas. Inicia tudo sem se preocupar como vai terminar e nem quando. Por amar o desafio sempre está buscando uma tarefa considerada impossível. Como os soldados que conquistavam cidades e depois a largavam para seguir em novas conquistas, os filhos de Ogum perseguem tenazmente um objetivo, mas quando o atinge  imediatamente o larga e parte em procura de outro. É insaciável em suas próprias conquistas.

Uma marca muito forte de sua personalidade  é tornar-se violento repentinamente. Seu gênio é muito forte. Não admite a injustiça e costuma proteger os mais fracos, assumindo integralmente a situação daquele que quer proteger. Leal e correto é um líder. Sabe mandar sem nenhum constrangimento e ao mesmo tempo sabe ser mandado, desde que não seja desrespeitado. Adapta-se facilmente em qualquer lugar. Come para viver, não fazendo questão da qualidade ou paladar da comida. As armas de fogo, facas, espadas e das coisas eitas em ferro ou latão fazem o gosto dos filhos do Ogum, talvez por ele ser o Orixá do Ferro e do Fogo.

É franco, muitas vezes até com assustadora agressividade. Não faz rodeio para dizer as coisas. Não admite a fraqueza, falsidade e a falta de garra. O difícil é a sua maior tentação.

Seu temperamento rebelde o torna desde a infância uma pessoa de difícil trato. Como não depende de ninguém para vencer suas dificuldades, com o crescimento vai se libertando e se acomodando às suas necessidades. A medida que  seu gênio impulsivo cede lugar ao equilibro a sua vida fica bem mais fácil. Quando ele consegue esperar ao menos 24 hs. para decidir uma situação qualquer muitos revezes seriam evitados, muito embora, por mais incrível que pareça, são calculistas e estrategistas. Contar até 10 antes de deixar explodir sua zanga, também lhe evitaria muitos remorsos. Seu maior defeito é o gênio impulsivo e sua maior qualidade é que sempre, seja pelo caminho que for, será sempre um vencedor.

COR: Vermelha e Branca

AMALÁ: 14 velas branca e vermelha ou 7 brancas e 7 vermelhas, cerveja branca em coité, 7 charutos, peixe de escama e de água doce, ou camarão seco, amendoins e frutas, de preferência, dentre elas, uma manga (melhor a espada), fitas vermelha e branca.

ENTREGA: Uma campina

ERVAS: Aroeira, Pata de Vaca, Carqueja, Losna, Comigo Ninguém Pode, Folhas de Romã, Espada de S. Jorge, Flecha de Ogum, Cinco Folhas, Macaé, Folhas de Jurubeba

 

 

Iemanjá A Senhora do Mar

A porta de sua casa sempre está aberta para todos, e gosta de tutelar pessoas. Como uma grande mãe...

O fato de Iemanjá representar a Criação seus filhos têm um tipo maternal, aquela que transmite a todos a bondade e a confiança, sendo, por isso, um grande conselheiro.

Sempre tem os braços abertos para acolher junto de si todos aqueles que o procuram. A porta de sua casa sempre está aberta para todos, e gosta de tutelar pessoas. Tipo a grande mãe. Aquela mulher amorosa que sempre junta os filhos dos outros com os seus. O homem filho de Iemanjá carrega o mesmo temperamento: é o protetor. Cuida de seus tutelados com muito amor.

Geralmente é calmo e tranqüilo, exceto quando se sente ameaçado na perda de seus filhos, isto porque não divide isto com ninguém. É sempre discreto e de muito bom gosto. Veste-se com muito capricho. É franco e não admite a mentira. Normalmente fica zangado quando ofendido e o que tem como santo masculino o orixá Ogum, torna-se muito agressivo e radical. Diferente é quando é Oxossi. Nesse caso é uma pessoa calma e  tranqüila, sempre reagindo com muita tolerância. O maior defeito do filho de Iemanjá é o ciúme.

É extremamente ciumento com tudo que é seu, principalmente das coisas que estão sob sua guarda.

COR: Azul

AMALÁ: 7 velas brancas e 7 azuis, champanhe, manjar branco, fitas azuis e rosas brancas ou outro tipo de flor branca

ENTREGA: Na praia

ERVAS: Pata de Vaca, Folhas de Lágrima de Nossa Senhora, Erva Quaresma, Trevo e Chapéu de Couro

 

 

Iansã Senhora dos ventos, das tempestades

Sua grande qualidade, a garra, e seu grande defeito, a impensada franqueza...

Um fato que ficará sempre gravado para todos nós do Terreiro do Pai Maneco foi o belíssimo fenômeno de dois arco-íris juntos que abençoou um trabalho para Iemanjá, conforme vemos na foto. Interessante é que praticamente em todas as praias vizinhas chovia torrencialmente. Devemos isso à nossa Mãe Iansã. Eparrei!

Deusa Guerreira. Seu filho é conhecido por seu temperamento explosivo. Por seu temperamento inquieto e extrovertido em qualquer lugar chama a atenção. Sempre a sua palavra é que vale e gosta de impor aos outros a sua vontade. Não admite ser contrariado, pouco importando se tem ou não razão, pois não gosta de dialogar. Em estado normal é muito alegre e decidido. Questionado torna-se violento, partindo para a agressão, com berros, gritos e choro. Tem um prazer enorme em contrariar todo tipo de preconceito. Passa por cima de tudo que está fazendo na vida, quando fica tentado por uma aventura. Em seus gestos demonstra o momento que está passando, não conseguindo disfarçar a alegria ou a tristeza. Não tem medo de nada. Enfrenta qualquer situação de peito aberto. Ciumento demonstra egoísmo porque não se importa com que os outros sofram pelo seu gênio reconhecidamente mal-humorado. É leal e objetivo. Sua grande qualidade, a garra, e seu grande defeito, a impensada franqueza, o que lhe prejudica o convívio social. Por ser tão marcante seu gênio, se este fosse controlado, o que não é difícil, seria pessoa muito mais feliz e querida. Tem o grande defeito de gostar de seus defeitos.

Para definir bem a influência dos orixás nas pessoas vou contar uma estória engraçada: eu explicava para um grupo as influências dos Orixás nas pessoas. Simulei um fato. Duas pessoas brigando. Passando um filho de Ogum , ou ele passa direto e nem olha, ou já vai se meter na briga. Um filho de Xangô para, fica olhando, e já começa a reclamar. Coitado do baixinho! Por que será esta briga? Acho que aquele alto não tem razão. E pior, nem sabe brigar. É um fraco. E fica questionando. Um filho de Oxóssi para, senta no chão e, rindo, fica assistindo e se deleitando com a briga. Deu a entender ter terminado. Achei sugestiva sua explicação. Alguém indagou qual seria o comportamento das filhas do povo da água. Diante da minha negativa, alguém se propôs a completar. Bem, disse, uma filha de Iemanjá chamaria os dois, colocaria suas cabeças em seu colo e os acalmaria recomendando paz. Uma filha de Iansã já reclamaria e chamaria a polícia. E parou. De propósito, o esperto.
Bem, perguntou alguém, e uma filha de Oxum, que faria? Nada, respondeu. Nem poderia. Os dois estavam brigando por causa dela...

COR: Amarelo ouro
AMALÁ: 7 velas brancas e 7 amarelo escuro, água mineral, acarajé ou milho em espiga coberto com mel ou ainda canjica amarela, fitas branca e amarelo escuro e flores.

ENTREGA: Em pedra ao lado de um rio

ERVAS: Catinga de mulata, Cordão de Frade, Gerânio Cor-de-Rosa ou Vermelho, Açúcena, Folhas de Rosa Branca, Erva de Santa Bárbara

 

 

Oxóssi Rei das Matas

Pisa macio, mas é certeiro. Tem um gosto refinado. Gosta das coisas boas, veste-se bem e cuidadosamente.

Tudo que pertence à Natureza, especificamente as matas e o reino animal têm a ação de Oxossi. Ele que é o conhecedor das ervas e o grande curador. É a essência da nossa vida.

Seus filhos têm um tipo calmo, amoroso, encantador, preocupado com todos os problemas. Um grande conselheiro pelo seu gênio alegre, muito embora com forte tendência à solidão.

Incapaz de negar qualquer ajuda a alguém, sabe, como poucos, organizar o caminho para as soluções complicadas. Com respeito à sua própria organização familiar, são muito apegados as suas coisas e à sua família, à qual dedica atenção total no sentido de provê-la e encaminhá-la. Diante as dificuldades próprias é muito hesitante, mas acaba vencendo, sustentado pelo seu interior alegre e otimista. É carente. Não assume os problemas dos outros, mas fica lado a lado ajudando-os. Ama a Liberdade e a Natureza. O mato, as águas, os bichos, as estrelas, o sol e a lua, são a bússola de sua vida. Não discute a fé. Acredita e é fiel seguidor da religião que escolheu. Não é ciumento e muito menos rancoroso.

Quando atacado custa revidar. Quando o faz se torna perigoso. É, neste particular, ladino como os índios. Pisa macio, mas é certeiro. Tem um gosto refinado.
Gosta das coisas boas, veste-se bem e cuidadosamente.

Os filhos de Oxóssi são talvez os mais equilibrados. Para que suas vidas melhorem, devem despertar aquele gigante que habita sua essência, o que os tornaria mais dispostos a encarar as suas próprias dificuldades.

COR: Verde e Branco

AMALÁ: 7 velas verdes e 7 brancas, a mesma bebida de Ogum, 7 charutos, peixe com escama de água doce ou uma moganga bem assada com milho dentro coberto com mel, fitas verde e branca.

ENTREGA: Na entrada da mata (obs. a mesma de ogum)

ERVAS: Malva Rosa, Mil Folhas, Sete Sangrias, Folhas de Aroeira, Folhas de Fava de Quebrante, Folhas de Samambaia, Folhas de Palmeira, Folhas de Laranjeira, Erva Cidreira, Folhas de Jurema, Folhas de Maracujá, Folhas de Palmito, Folhas de Abacateiro

 

 

Oxum Rainha da água doce, dona dos rios e cachoeiras

O arquétipo de Oxum é das mulheres graciosas e elegantes, com paixão pelas jóias, perfumes e vestimentas caras.

Os filhos de Oxum, a Rainha da Água doce, dona dos rios e das cachoeiras, carregam o tipo de Iemanjá . A maternidade é sua grande força, tanto que quando uma mulher tem dificuldade para engravidar, é à Oxum que se pede ajuda (pelo Amalá). A diferença maior é a vaidade.
Filhos de Oxum amam espelhos (a figura de Oxum carrega um espelho na mão), jóias caras, ouro, são impecáveis no trajar e não se exibem publicamente sem primeiro cuidar da vestimenta e a mulher do cabelo e da pintura. Normalmente têm uma facilidade muito grande para o choro. São emotivos.

Talvez ninguém tenha sido tão feliz para definir os filhos de Oxum como o pesquisador da religião africana, o francês Pierre Verger, que escreveu: "o arquétipo de Oxum é das mulheres graciosas e elegantes, com paixão pelas jóias, perfumes e vestimentas caras. Das mulheres que são símbolo do charme e da beleza. Voluptuosas e sensuais, porém mais reservadas que as de Iansã . Elas evitam chocar a opinião publica, á qual dão muita importância. Sob sua aparência graciosa e sedutora, escondem uma vontade muito forte e um grande desejo de ascensão social". Seu maior defeito é o ciúme.

Toda descrição acima é muito interessante por representar a realidade dos filhos de Oxum, mas isso fica por conta dos seus filhos que entendem como riqueza o Ouro, mas para o Orixá Oxum o ouro não tem valor no pregão comercial, mas sim na sua pureza. Ser puro como o ouro seria uma verdadeira representação de um filho de Oxum.

Sentar na beira de um rio e tentar harmonizar-se com a Natureza é uma forma para nossa Mãe Oxum nos abençoar.

Voluptuosas e sensuais, porém mais reservadas que as de Iansã . Elas evitam chocar a opinião publica, á qual dão muita importância. Sob sua aparência graciosa e sedutora, escondem uma vontade muito forte e um grande desejo de ascensão social". Seu maior defeito é o ciúme.

COR : Amarelo

AMALÁ: 7 velas brancas e 7 amarelo claro, água mineral canjica branca, fitas amarelo claro e branca

ENTREGA: Ao lado de uma cascata

ERVAS: Erva Cidreira, Gengibre, Camomila, Arnica, Trevo Azedo ou grande, Chuva de Ouro. Manjericona, Erva Sta. Maria, Gengibre, Calendula

 

Xangô Deus da justiça, Senhor das pedreiras

Homem Velho, Senhor da Justiça, Rei da Pedreira. Por falar em pedreira, adora colecionar pedras.

Xangô é o Deus da Justiça e sua força está nas pedreiras, exercendo uma influência muito forte em seus filhos, principalmente a Justiça. Todos os Orixás, evidentemente, são justos, e transmitem este sentimento aos seus filhos, entretanto com os filhos de Xangô a Justiça deixa de ser uma virtude para passar uma obsessão, o que faz de seus filhos um sofredor, principalmente porque o parâmetro da Justiça é o seu julgamento, e não o da Justiça Divina, quase sempre diferente do nosso que é  muito terra. Esta análise é muito importante.

Os filhos de Xangô apresentam um tipo firme, enérgico, seguro e absolutamente austero. Suas fisionomias, mesmo a jovem, apresentam uma velhice precoce, sem lhes tirar, em absoluto, a beleza ou a alegria. Têm comportamento medido. São incapazes de dar um passo maior que a perna e todas as suas atitudes e resoluções baseiam-se na segurança e chão firme que gostam de pisar. São tímidos no contato com o semelhante, mas assumem facilmente o poder do mando. São conselheiros, e não gostam de ser contrariados, podendo facilmente sair da serenidade para a violência, mas tudo medido, calculado e esquematizado. Acalmam-se com a mesma facilidade quando sua opinião é aceita. Não guardam rancor. Vestem-se com discrição fe seus vestuários seguem o modelo tradicional.

Quando os filhos de Xangô conseguem equilibrar o seu senso de Justiça, transferindo o seu próprio julgamento para o Julgamento Divino, cuja sentença não nos é permitido conhecer, tornam-se pessoas admiráveis e gentis. O medo de cometer injustiças muitas vezes retarda suas decisões, o que, ao contrário de lhes prejudicar, só lhe traz benefícios. O grande defeito dos filhos de Xangô é julgar os outros. Se aprender a dominar esta característica, torna-se um legítimo representante do Homem Velho, Senhor da Justiça, Rei da Pedreira. Por falar em pedreira, adora colecionar pedras.

COR: Marrom e branco

AMALÁ: 7 velas marrons e 7 velas brancas, cerveja preta (mesmo [principio já explicado para Ogum e Oxóssi), camarão, quiabo, fitas marrom escuro e branca

ENTREGA: Na pedreira ou sobre uma pedra grande e bonita

ERVAS: Folhas de Limoeiro, Erva Moura, Erva Lírio, Folhas de Café, Folhas de Mangueira, Erva de Xangô

 

 

FONTE: https://www.paimaneco.org.br/filosofia/historia-da-umbanda